No dia 12 do mês de Fevereiro realizou-se uma palestra sobre a violência domestica para um grupo de jovens no centro de alfabetização da Cuca (vila mornesse),que na sua maioria eram jovens que frequentavam a 1º e 2º classe, a palestra contou com a presença de mais de 50 jovens que entre solteiras e casadas em que se debateu o tema com muito entusiasmo.
Durante a palestra pode-se notar que, todas as jovens já haviam sido vitima de algum tipo de violência domestica, e que estavam intimidadas para denunciarem,um dos factores de surpresa eram os casos de adolescentes que batem em suas namoradas e as que apanham de seus namorados e acham a coisa mas natural e necessário alegando que são surras de amor e que não doem. E muito deles devido a violência que sofrem em casa dos mais velhos estão a tornar-se violento com os mais novos dentro de casa e na rua.
Durante a palestra houve um pequeno debate que terminou com a intervenção de uma jovem chamada Patrícia que deu o seu testemunho, que sofrendo de violência domestica durante muitos anos por parte do seu marido a mesma decidiu separar-se facto que agravou mais no estado de agressividade do mesmo, e negando dar assistência aos filhos disse-lhe que as crianças não eram seus filhos e ate hoje após estes vários anos de violência domestica que a mesma descreveu como sendo actos cruéis de espancamentos e intimidação psicológica.O testemunho daquela jovem tocou-nos a todos que hoje tenta sem muito êxito lutar contra a violência de seu ex marido e o mesmo não aceitando a separação ainda intimida-a, conta a mesma que hoje ele é policia e passa a vida a ameaça-la com armas, diz sentir-se triste pois o comportamento agressivo de seu ex marido esta a influenciar o seu filho cassula que muitas vezes testemunhou os actos de violência do pai, alega a jovem que já apresentou diversas queixas a policia e a OMA, e sente ou não vê resultado algum pois o seu ex marido continua a solta e a ameaçar a sua vida e a vida de seus filhos.
Terminando o seu testemunho Patrícia aconselhou as colegas a não calarem-se diante das agressões pois o tempo para uma denuncia pode ser um factor agravante na agressão física ou seja quanto mais tarde nos queixarmos mais tarde resolvemos o problema e com mais dificuldades.
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Tivemos uma sala cheia de jovens e cheia de participações, foi muito boa a experiência e sei que de uma forma muito positiva deu para incentivar as jovens a não aceitarem a violência doméstica no seu lar e a identificar os factores que influenciam a pratica desta, fazê-las entender que a violência doméstica é um mal que deve ser combatido e denunciado.
